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2012/02/05

Epidemiologia da Doença Renal Crônica no Brasil e sua Prevenção


Introdução
A insuficiência renal crônica (IRC) é doença de elevada morbidade e 
mortalidade. A incidência e a prevalência da IRC em estádio terminal 
(IRCT) tem aumentado progressivamente, a cada ano, em “proporções 
epidêmicas”, no Brasil e em todo o mundo. O custo elevado para manter 
pacientes em tratamento renal substitutivo (TRS) tem sido motivo
 de grande preocupação por parte de órgãos governamentais, que em
 nosso meio subsidiam 95% desse tratamento. Em 2002 estimava-se terem 
sido gastos R$ 1,4 bilhões no tratamento de pacientes em diálise 
crônica e com transplante renal. A despeito de inúmeros esforços para se
 coletar dados a respeito de pacientes com IRCT no Brasil, ainda não temos
 um sistema nacional de registro que forneça anualmente dados confiáveis 
do ponto de vista epidemiológico. Além disso o nosso conhecimento de dados
 a respeito de pacientes com IRC em estádio não terminal, é ainda muito 
mais precário. Nesse capítulo, apresentaremos dados coletados por 
diversas fontes, Sociedade Brasileira de Nefrologia, Ministério da 
Saúde e estudos individuais realizados na Escola Paulista de Medicina, Unifesp.

Dados Epidemiológicos
Inicialmente, deve-se destacar que a IRCT é doença grave, e mesmo com o 
TRS, tem, em nosso meio, mortalidade superior em números absolutos à
 maioria das seguintes neoplasias, como as de colo de útero, colon/reto, 
próstata e mama; e próximo a de câncer de estomago (Tabela 1).
Tabela 1. Taxa de mortalidade anual comparativa entre IRCT e

algumas neoplasias no Brasil, 2000
Local/IRCTÓbitos (N)Taxa/pmp
Colo de útero3.606 21
Esôfago 5.16230
Colon e reto6.72539
Próstata6.85040
Mama8.24548
IRCT9.48156
Estômago10.70063
Pulmão14.52285
Em relação aos pacientes recebendo diálise, censo realizado em janeiro 
de 2006 (1), mostra que mais da metade dos pacientes faziam tratamento 
na região sudeste do país (Fig. 1). Sendo a prevalência de pacientes tratados,
 um pouco maior na região sudeste que sul (Fig. 2).
Figura 1. Distribuição dos Pacientes em Diálise no Brasil, por Região,
Jan. 2006 (N=70.872), censo SBN


Figura 2. Prevalência de Pacientes em Diálise no Brasil, por Região
(Janeiro 2006), Censo SBN
No Brasil, em janeiro de 2006 a prevalência de pacientes em diálise por
milhão da população (pmp) era de 383 (Fig 2,3), tendo tido um aumento
 médio no número absoluto de pacientes de cerca de 9% nos últimos anos (2).
 Cerca de 5% dos pacientes em diálise fazem tratamento utilizando medicinas 
de grupo e/ou seguros saúde particular, e não são computados nas e
statísticas governamentais. Assim sendo, estima-se que em janeiro de 2006 o 
número de pacientes em diálise fosse de 70872, que adicionada a 
estimativa dos pacientes com enxerto renal funcionante, fornecia uma 
prevalência global de pacientes em TRS de 491 pacientes/pmp (Tabela 2). 
Destaca-se ainda que 91% dos pacientes com IRCT tem recebido tratamento 
por meio de hemodiálise e 9% recebem diálise peritoneal (Fig. 4). É ainda
 importante destacar que 26% dos pacientes em diálise tem mais de 60 anos 
de idade, e que, essa proporção tende a aumentar com o aumento progressivo 
verificado na esperança de vida da população. Nossas taxas de prevalência
 de IRCT tratada são cerca de 4 vezes menores que a dos EUA e Japão, e 
metade das taxas da Itália, França e Alemanha (3). Naturalmente, a menor
 taxa de diagnóstico de IRC, e a menor disponibilidade de tratamento 
dialítico em nosso meio explicam em parte nossa menor taxa de 
prevalência comparada à internacional. Entretanto, parece-nos que o 
fator mais importante seja a menor sobrevida de nossos pacientes 
diabéticos e hipertensos que morrem mais precocemente de outras causas, 
impedindo que atinjam IRC em estádio terminal.


Figura 3. Prevalência de Pacientes em Diálise no Brasil (1994 a 2006)
Tabela 2. Prevalência Estimada de Pacientes em Tratamento

Renal Substitutivo no Brasil (Jan 2006)
  • N total em diálise = 70.872
  • N transplantados com enxerto funcionante =  20.000
  • N Total = 90.872
  • Prevalência global: 491/pmp

Figura 4. Distribuição dos Pacientes em Diálise no Brasil de Acordo
com o Tipo de Diálise, Censo SBN 2006
A taxa de incidência anual estimada de pacientes novos em diálise em 2005  foi de
 175 pmp, variando de 93 pacientes/pmp na região Norte até 253 pacientes/pmp 
na região Centro-Oeste (Fig. 5). Portanto, para uma população de 185 milhões em 
2006, estima-se que surjam cerca de 32.375 novos pacientes renais crônicos t
erminais ao ano no Brasil.

Figura 5. Taxa de Incidência Anual de Pacientes em Diálise no Brasil,
por Região, Jan 2006, Censo SBN
Conforme dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - ABTO, o 
número de transplantes renais no país entre 2000 e 2002 variou em torno de 
3000 por ano. Em 2002 foram realizados 2990 transplantes renais no país, 
sendo 59% com doador vivo e 41% com doador cadáver. Estimamos que em
 2005, 47% (n= 33.247) dos pacientes em diálise estavam em fila 
aguardando transplante com doador cadáver (1).
Causas de IRC
Conforme inquéritos realizados pela Sociedade Brasileira de Nefrologia em 
1996/97 (4), as principais doenças reportadas como causa de IRCT em
 pacientes incidentes são hipertensão arterial (24%), glomerulonefrite (24%) e
 diabetes mellitus (17%) (Tabela 3). Entretanto, a validade desses diagnósticos
 pode ser questionada devido à não comprovação histológica e a falta de 
seguimento anterior ao estádio terminal na maioria desses pacientes. 
Estudos epidemiológicos prospectivos estabeleceram com clareza a relação
 causal entre hipertensão arterial (seja sistólica ou diastólica) e 
insuficiência renal crônica. A prevalência da hipertensão arterial na população 
adulta em nosso meio é superior a 25%. Muitos desses indivíduos não 
sabem ser hipertensos, e entre os que sabem, menos de 30% são 
adequadamente tratados. Portanto, há grande potencial para que nos 
próximos anos a hipertensão arterial continue a ser causa importante de IRC.
Tabela 3. Doença renal primária, 1996 - SBN
CAUSAN%
Glomerulonefrite66623,5
Hipertensão68424,1
Diabetes Tipo 1712,5
Diabetes Tipo 239914,1
Nefrite intersticial812,9
Rins policísticos782,7
Uropatia obstrutiva863,0
Outros32111,3
Desconhecida45316,0
TOTAL2839100,0
Entre as glomerulopatias, a glomeruloesclerose segmentar e focal e a 
glomerulonefrite membranoproliferativa são as que mais freqüentemente 
conduzem a IRC. Destaque-se que a associação desta última com agentes 
infecciosos (estreptococos, vírus das hepatites B e C, shistosoma mansoni, etc.)
 faz com que esta continue sendo um tipo histológico comum em nosso 
meio, ao contrario do que ocorre em outros países. Entre as glomerulopatias 
associadas a doenças sistêmicas, merece destaque a doença renal secundária 
ao lupus eritematoso. Há ainda uma série de possíveis associações 
causais de relevância não bem definida entre glomerulonefrites e nefrites 
intersticiais, e inúmeros agentes infecciosos, tóxicos, ambientais e de
 natureza genética, que necessitam de melhor investigação. Na população em 
diálise em dezembro de 1999, a prevalência de sorologia positiva para os 
vírus das hepatites C e B foi de 24% e 5%, respectivamente. Provavelmente 
a grande maioria desses indivíduos tenha sido contaminada após o início da
 diálise.
Em janeiro de 2006, havia 17.878 (25%) pacientes diabéticos em diálise no 
Brasil. Nos EUA, mais de 40% dos pacientes que iniciam diálise tem 
nefropatia diabética. Embora a prevalência dos diabéticos em 
diálise venha aumentando nos últimos anos em nosso meio, muitos dos 
pacientes diabéticos morrem de outras causas antes de atingir IRCT. Além 
disso, a maioria dos diabéticos em diálise apresenta diversas comorbidades 
associadas que limitam sobremaneira sua sobrevida e qualidade de vida.

Sobrevida de Pacientes com IRC

Em 2005, a taxa de mortalidade anual bruta (número de óbitos/pacientes em 

diálise no meio do ano) foi de 13% (1). Essa taxa de mortalidade tem se

 mantido constante apesar das melhoras técnicas, equipamentos, filtros de diálise, etc.; talvez isso se deva ao fato de que estes avanços estejam sendo contrabalançados pela maior gravidade e idade dos pacientes que iniciaram tratamento nos últimos anos. Conforme os dados analisados pelo Ministério da Saúde, em 88 mil pacientes que realizaram diálise crônica de 1997 até 2000, a sobrevida atuarial foi de 80% ao final de uma ano de TRS (5) (Fig. 6). Não houve diferença de sobrevida em relação ao sexo e ao tipo de diálise. Entre os diversos fatores de risco para mortalidade, idade, presença de diabetes e número de comorbidades associadas são os mais importantes.


Figura 6. Sobrevida de pacientes em terapia renal substitutiva conforme
modalidade inicial (n=88.881, abril 1997 a julho 2000)
Na Tabela 4 mostramos taxas de sobrevida atuarial para pacientes em diálise na região norte da cidade de São Paulo após 1 e 5 anos de tratamento (2). Para pacientes com idade menor que 50 anos e não diabéticos, a probabilidade de sobrevida foi de 88% e 62%, respectivamente. Para aqueles com mais de 50 anos e diabéticos, as taxas foram de 68% e 23%, respectivamente. Essas estimativas são inferiores às taxas de sobrevida de receptores de enxerto renal (85% para receptores de doador vivo e 73% para receptores de doador cadáver, após 5 anos, para transplantes efetuados no Brasil entre 1992-1998, Sipac-Rim). Deve-se, entretanto ressaltar a dificuldade de comparabilidade entre esses grupos (viés de seleção), visto que os pacientes transplantados tem menor média de idade e de número de comorbidades em relação aos que permanecem em diálise.
Tabela 4. Sobrevida de pacientes em diálise em São Paulo
(amostra do município), 1994-1999
CaracterísticaN1o ano  (%)5o ano (%)
Global4967941
Não Diabéticos3908045
Diabéticos1067433
£ 50 anos2108862
> 50 anos2837330
Não Diabéticos, £ 50 anos1778864
Não Diabéticos, > 50 anos2117432
Diabéticos, £ 50 anos338843
Diabéticos, > 50 anos726823
Tão importante quanto a sobrevida é a qualidade de vida dos pacientes com IRCT. Inúmeros trabalhos mostram que os principais fatores que melhoram a qualidade de vida desses pacientes são: realização de transplante renal, uso de eritropoitina, melhor estado nutricional, diagnóstico precoce de IRC, menor número de comorbidades, melhor nível sócio-econômico, maior suporte familiar, suporte social e psicológico, etc. (6-8).
Aspectos da IRC em fase “não terminal”
Há diversos fatores que podem interferir com diagnóstico, encaminhamento e aceitação de pacientes para diálise. Diagnóstico e encaminhamento tardios para diálise são muito comuns em nosso meio, podendo atingir até 50% dos pacientes com IRCT em São Paulo (9,10). A Tabela 5 mostra que apenas 29% dos pacientes iniciando tratamento dialítico em São Paulo tinham sido previamente vistos por nefrologistas. As principais causas para o encaminhamento tardio são: o fato da doença renal crônica ser freqüentemente assintomática, resistência dos pacientes ao tratamento, tendenciosidades dos clínicos gerais ao não encaminhar adequadamente os pacientes, seleção de pacientes com menos comorbidades para iniciar diálise, estrutura deficiente do sistema de saúde e falta de acesso ao tratamento. Destacamos que elevada porcentagem dos pacientes renais crônicos apresentam evidências de desnutrição conforme vai havendo progressão da piora da função renal (11), o que pode ainda mais facilitar a instalação de processos infecciosos ao início da diálise. As conseqüências do encaminhamento tardio se refletem em maior morbidade, mortalidade, custos e pior qualidade de vida. Nós observamos que pacientes com diagnóstico tardio tiveram sobrevida 18% inferior após 6 meses em diálise que aqueles com diagnóstico mais precoce (9).
Tabela 5. Distribuição dos pacientes quanto ao encaminhamento para tratamento dialítico.
  
N%
Nefrologista
4129
Clínico Geral3021
Outra Especialidade1813
Iniciativa própria4935
Sem informação43
Total142100
Sesso R. e Belasco A.  JBN, 1995;17:219
O número de pacientes com algum grau de déficit de função renal não é exatamente conhecido mas pode ser eventualmente estimado. Estima-se que pelo menos 25% da população adulta brasileira tenha hipertensão arterial, ou seja cerca de 26 milhões de indivíduos. Destes, não mais do que 15% teriam a pressão arterial devidamente controlada, portanto, os demais tem maior potencial para evoluírem com IRC. A prevalência de diabetes é de 7,5% da população adulta. Desta forma, cerca de 7,7 milhões de indivíduos teriam diabetes, sendo que mais de 30% destes teriam potencial para desenvolver IRC.
A IRC tem sido classificada em 5 fases: 1) ritmo de filtração glomerular (RFG) normal (>90 ml/min.), mas com presença de microalbuminuria; 2) leve, GFR entre 60 e 89 ml/min.; 3) moderada, RFG entre 30 e 59 ml/min.; 4) grave, RFG entre 15 e 29 ml/min.; e 5) IRCT, RFG < 15 ml/mim. Para uma população nacional estimada em 175 milhões em 2003, assumindo-se as estimativas de IRC na população norte-americana (12) e ajustando-se para nossa prevalência 4 vezes menor de IRC em comparação à norte americana, na Tabela 6 mostramos nossas estimativas do número de pacientes com os diversos graus de IRC em nosso meio. Haveria, portanto, de forma conservadora, 3,1 milhões de brasileiros com algum déficit de função renal (níveis 2 a 5), o que corresponderia a 1,7% da população. Cerca de dois milhões de indivíduos teriam IRC moderada, severa ou IRCT.
Tabela 6. Fases da IRC e número de pacientes no Brasil -  2002
RFG, ml/min
FaseN
Normal, c/ alb
1
1,3 milhões
60–892 - leve1,1 milhões
30–593 - moderada1,8 milhões
15–294 - severa90 mil
<155 - IRCT55 mil
Total (fases 2-5):2,95 milhões
(1,7 % pop.)
RFG: ritmo de filtração glomerular
Alb.: microalbuminuria
Em 2002 havia 2540 nefrologistas no Brasil para cuidar de 55 mil pacientes com IRCT (22 pacientes por nefrologista). Para cada nefrologista havia 57 pacientes com IRC graus 4 ou 5, e um nefrologista para 768 pacientes com IRC graus 3, 4 ou 5. Caso a população em diálise continue a crescer 5-7% ao ano e a de nefrologistas 3,4% ao ano, em 2010 teremos 95 mil pacientes com IRCT para 3120 nefrologistas (ou seja, 30 pacientes por nefrologista). A maior velocidade de crescimento do número de pacientes do que de nefrologistas evidencia a necessidade de melhor equacionamento da assistência ao paciente com IRC em nosso meio.
Conclusão
Os dados apresentados mostram diversos aspectos da população de pacientes com IRC em nosso meio. Além disso, servem para subsidiar decisões para melhorar a assistência a esses pacientes. É fundamental a criação e a manutenção a longo prazo de um sistema nacional de informações com registro, análise e divulgação de dados epidemiológicos de pacientes com insuficiência renal crônica em fase não terminal e em tratamento renal substitutivo no país, para que seja possível melhor planejamento da assistência e melhor efetividade do tratamento.
Prevenção da Insuficiência Renal Crônica
Define-se como insuficiência renal crônica a presença de quantidade aumentada de proteína na urina (> 150 mg/dia) e/ou redução do ritmo de filtração glomerular (<60 ml/min.) por mais de 3 meses.
Indivíduos sob maior risco de apresentarem insuficiência renal crônica são: diabéticos, hipertensos, antecedentes de doença cardiovascular, história familiar de insuficiência renal, portadores de outras doenças renais (rins policísticos, malformações congênitas, etc.) e raça negra.
Estes indivíduos, em particular, devem realizar com maior freqüência a medida da taxa de filtração glomerular e de proteinuria.
As principais medidas recomendadas para os indivíduos com insuficiência renal crônica, visando a redução de sua progressão são as seguintes:
  • Dieta hipoproteica (<0,8g de proteína/kg peso/dia)
  • Dieta hipossódica
  • Uso de inibidores da enzima de conversão de angiotensina ou antagonistas do receptor de angiotensina 1
  • Controle/tratamento da hipertensão arterial (PA alvo <130/80 mmHg)
  • Exercícios físicos regulares
  • Evitar fumo
  • Evitar anemia
  • Manter níveis séricos normais de colesterol/triglicérides, se necessário com uso de estatinas
  • Combater hiperglicemia (pacientes diabéticos)
  • Controle dos níveis séricos de ácido úrico
  • Manter peso adequado para estatura, combater obesidade
  • Evitar uso de antiinflamatórios não hormonais
  • Evitar uso de contrastes iodados para exames radiológicos
    Autor: Ricardo Sesso *
    * médico da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis do
    Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Referências
1.       http://www.sbn.org.br/censo/2006, acessado em setembro de 2006.       
2.       Sesso R. Epidemiologia da Insuficiência Renal Crônica no Brasil. Guia de Nefrologia. Ajzen H, Schor N, Ed. Manole, São Paulo, 2002, pp 1-7.
3.       US Renal Data System. 2002 USRDS Annual Data Report. National Institutes of Health. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, Bethesda, MD
4.       Departamento de informática da SBN, biênio 1997-98. Registro Brasileiro de Diálise, 1997.http://www.epm.br/medicina/registro/97/rghd97.htm
5.       Estudo epidemiológico brasileiro sobre terapia renal substitutiva. Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde – versão preliminar. Brasília, Ministério da Saúde, 2002
6.       Sesso R, Yoshihiro MM. Time of diagnosis of chronic renal failure and assessment of quality of life in hemodialysis patients. Nephrol Dial Transplant 10:2111-6, 1997
7.       Neto JFR, Ferraz MB, Cendoroglo M, Draibe S, Yu L, Sesso R. Quality of life at the initiation of maintenance dialysis treatment – a comparison between the SF-36 and the KDQ questionnaires. Qual Life Res 9:101-7, 2000
8.       Sesso R, Rodrigues Neto JF, Ferraz MB. Impact of socioeconomic status on quality of life of ESRD patients. Am J Kidney Dis 2003;41:186-95
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12.   Coresh J, Astor BC, Greene T, Eknoyan G, Levey AS. Prevalence of chronic kidney disease and decreased kidney function in the adult US population: Third National Health and Nutrition Examination Survey. Am J Kidney Dis 2003;41:1-12
13.   Kidney Int 2006;70:821-823
14.   Am J Med 2006;119 (suppl5):S40-S47
15.   Am J Med 2005;118:1323-1330

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